Solidão

A dor da solidão

Sentado em sua cadeira de balanço,
Seu rosto já cansado se deixa levar ao passado.
Recordações de seus amados fazem seu coração palpitar. 
Hoje porem, esta só; não tem mais com quem conversar.
Seu olhar triste denuncia o tamanho da sua dor;
Foi a tempo esquecido, tal como um casaco velho, foi substituído.
Não tem mais nem uma obrigação, nem quem lhe peça um tostão;
Passou de senhor importante, a desvalido ancião.
Ninguém lembra mais que ele foi de todos a alegria.
Que a todos acolhia com seu amor e simpatia.
Nem sua amada tem mais, para suas lágrimas enxugar;
Somente a solidão, que foi tudo que lhe restou.
Solidão esta que mata mais que a doença, mais que o enfado;
Que corrói mais que a saudade dos bons momentos.
Mas aqueles que o abandonaram, esquecem,
Que o tempo não para, nem perdoa ninguém.


Todos os Direitos Autorais pertencem à V. Lúcia P. Garcia
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A poeta triste

Aquela poetisa que lindos versos escrevia,
Só ela sabia a dor que sentia,
Buscou em todos os cantos, mas ninguém a entendia.
A todos dava amor e carinho, mas em troca só colhia espinhos.
Era sempre sorridente, mas por dentro sua alma doía.
Todos queriam sua amizade, mas pelos seus era desprezada.
Fazia muitos felizes com palavras de incentivo,
Em troca só ouvia palavras que a destruíam.
Todos que ela conhecia lhe davam amor e dedicação.
Mas quem ela mais queria lhe negava a atenção.
Enxugava tantas lágrimas quando alguém sofria.
Mas quando o choro vinha na solidão de seu quarto,
Não tinha ninguém para lhe estender a mão.
Mas porque ela era tão triste?
Porque na geração dos sem coração,
Só o que importa é a perfeição.
Um dia finalmente a poeta triste teve paz,
De tanto sofrimento... Ela morreu.
E o único que sentiu sua falta foi seu animalzinho de estimação.


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